Sociedade da água


Sociedade da água

Oceano sem fim

de alguns é o confim
Para mim é liberdade
Pequeno tom de calmaria



Bruto calmante
Cai sem piedade sobre meu corpo
Uma massagem que gera um ser pensante
Pensante, louco e diferente.



Por favor, limpe minha alma
Percorra a pureza no meu pecado
Dizem que o perdão me acalma
A coisa, que me salva de ser diferente



Pelo doce direito, eu sorria
Era a gota ácida numa chuva de base
A pedra que bate contra a correnteza
Então deram um jeito de me trazer calmaria.



A fé, moral e o poder uniforme
Há gente nova aqui, com isso os forme!
Sujeira que está no sangue da sociedade
Que corre como um rio sujo na mente.



Há frieza em seus olhos
Burros, maleáveis e líquidos
Manipuláveis que misturam alhos com bugalhos
Infelizes que julgam como deve ser a alegria.



A vida é uma eufórica calmaria
Somos robôs moldados iguais, mas diferentes
Ó cultura que adora o corpo e não a mente
E que tomar uma pirola, é sinônimo de alegria.



Acorda depressa,
o banho acabou, tenha pressa.
Está atrasado
Rápido, rápido, robótico, robótico



Repreensão, dor, massacre e frieza
Mais rápido, faça dinheiro
Seja útil, tenha firmeza
Bruto, bruto, firme, firme.



Ardência com ácido sulfúrico
Dor lascinante da tranquilidade
Ser diferente é ruim
É psicológico, metodológico.



Você, pessoa de bem
Está sendo observado também
Como água livre que vira aprisionada.
Numa garrafa da sociedade da água, confirme.



Este sistema é metodológico,
nos faz ter atos de um jeito robótico.
Dizem que tem que ser firme
Se não notar, vai ser um deles, confirme.

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